Novas cores da fachada da Igreja São José encantam os belo-horizontinos
Quem passa
pela Avenida Afonso Pena, no Centro de BH, não deixa de se surpreender – e se
encantar – com as novas cores da fachada da Igreja de São José. Até domingo, o
serviço de restauro e recuperação estética dessa parte do templo estará
concluído, trazendo de volta o desenho e tons originais (vermelho, laranja e
cinza), seguindo à risca o projeto feito por Edgard Nascentes Coelho, em maio
de 1901, quando a capital ainda se chamava Cidade de Minas. Neste fim de
semana, a equipe do Grupo Oficina de Restauro termina também a obra de
recuperação da capela da casa dos padres redentoristas, chamada de convento e
localizada nos fundos da igreja.
”Estamos
felizes com o resultado. Todo mundo fala da beleza das torres, portas e outros
elementos, inclusive postando fotos nas redes sociais”, diz o vigário paroquial
da São José, padre Flávio Campos. Ele explica que as obras deverão continuar em
março. ”Estamos na temporada de chuvas e se torna perigoso o trabalho sobre
andaimes. Além disso, vamos buscar recursos para terminar o serviço”,
acrescenta o vigário. A intervenção foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do
Patrimônio Cultural de BH.
Recebendo a
visita diária de cerca de 2 mil pessoas, a igreja teve seu interior restaurado
de 2010 a 2013, com destaque para os elementos que recuperaram a luminosidade.
As pinturas parietais – feitas diretamente nas paredes e teto, sobre o reboco,
moda em BH no início do século 20 – consumiram dois anos, entre 1911 e 1912.
Considerado
o maior conjunto desse tipo de ornamentos em igrejas de BH, o interior da
matriz reúne uma variação de motivos religiosos e alguns pagãos: há figuras de
28 santos, de um lado os homens e do outro as mulheres; o patrono da matriz no
alto do arco-cruzeiro, com a inscrição ”Rogai por nós”; os evangelistas;
painéis mostrando José do Egito, que não tem nada a ver com o pai adotivo de
Jesus, sendo vendido pelos irmãos e depois em sua volta triunfal; Nossa Senhora
ao lado dos apóstolos; e até os símbolos do zodíaco, que, para os religiosos,
representam constelações. Olhar minucioso sobre o espaço coberto pelas pinturas
pode revelar figuras envoltas em mistérios, que desafiam historiadores e
teólogos, como as três lebres perto da porta lateral. Por Gustavo
Werneck
Fonte: em.com.br
http://khristianos.blogspot.com.br/2014/11/novas-cores-da-fachada-da-igreja-sao.html
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