Após 10 anos de pesquisa, uma escultura detalhada e fiel do corpo de Cristo segundo o Santo Sudário.
O escultor
espanhol e catedrático da Universidade de Sevilha, Juan Manuel Miñarro estudou
durante dez anos o Santo Sudário de Turim.
Como
resultado esculpiu um Crucificado que, segundo o artista, seria uma reprodução
científica do estado físico de Nosso Senhor Jesus Cristo depois de sua morte.
O autor não
visava provar a existência de Jesus de Nazaré, mas destacar os impressionantes
acertos anatômicos constatados no estudo científico do Santo Sudário.
O professor
Miñarro disse à BBC Brasil que, embora tenha privilegiado a “exatidão
matemática”, “essa imagem só pode ser compreendida com olhos de quem tem fé”.
“A
princípio, ela pode chocar pelo realismo, mas ela reproduz com fidelidade a
cena do Calvário”, completou. Miñarro levou mais de dois anos para concluir sua
obra.
O escultor
não trabalhou só. Ele presidiu o trabalho de um grupo de cientistas que levaram
adiante uma investigação multidisciplinar do Sudário de Turim.
O
crucificado é o único “sindônico” no mundo, pois reflete até nos mais mínimos
detalhes os múltiplos traumatismos do corpo estampado no Santo Sudário.
A imagem
representa um corpo de 1,80 metros de altura, de acordo com os estudos no
Sudário feitos pelas Universidades de Bolonha e Pavia. Os braços e a Cruz
formam um ângulo de 65 graus.
A Coroa de
Espinhos tinha forma de casco, cobrindo toda a cabeça, e foi feita com
“ziziphus jujuba”, uma espécie de espinheiro cujas agulhas não se dobram.
A pele
apresenta exatamente o aspecto de uma pessoa morta há uma hora. O ventre
aparece inchado por causa da crucifixão. O braço direito aparece desconjuntado
pelo fato do crucificado se apoiar nele à procura de ar durante a asfixia
sofrida na Cruz. O polegar das mãos está virado para dentro, reação do nervo
quando um objeto atravessa a munheca.
A escultura
reflete também a presença de dois tipos de sangue: o vertido antes da morte e o
derramado post mortem. Também aparece o plasma da ferida do costado, de que
fala o Evangelho.
A elaboração
destes pormenores foi supervisionada por hematologistas. A pele dos joelhos
está aberta pelas quedas e pelas torturas. Há grãos de terra incrustados na
carne que foram trazidos de Jerusalém. As feridas são típicas das produzidas
pelos látegos romanos, que incluíam bolas de metal com pontas recurvadas para
rasgar a carne.
Não há zonas
vitais do corpo atingidas pelos látegos porque os verdugos poupavam essas
partes para que o réu não morresse na tortura. A maçã do rosto do lado direito
está inchada e avermelhada pela ruptura do osso malar. A língua e os dedos do
pé apresentam um tom azulado, característicos da parada cardíaca.
Por fim,
embaixo da frase em hebraico “Jesus Nazareno, rei dos judeus”, a tradução em
grego e em latim está escrita da direita para a esquerda, erro habitual naquela
época e naquela região. A escultura esteve exposta na igreja de São Pedro de
Alcântara, Córdoba, Espanha, e saiu em procissão pelas ruas da cidade durante a
Semana Santa.
Com os
mesmos critérios e técnicas, Miñarro está criando outras imagens que
representam a Nosso Senhor em diferentes momentos de sua dolorosa Paixão.
Fonte:
http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/26686-10-anos-de-pesquisa-e-escultura-detalhada-efiel-do-corpo-de-cristo-segundo-o-santo-sudario
http://khristianos.blogspot.com.br/search?q=santo+sudario
Comentários
Postar um comentário