Museu do Bonfim ganhará novo formato após revitalização (BA)
A Basílica Santuário Senhor do
Bonfim é o símbolo maior da comunidade católica baiana. Teve sua
construção iniciada em 1746 e foi concluída 26 anos depois. A igreja, guarda em
seu interior, obras que ajudam a contar a história da Bahia e revelam a força
da fé do povo baiano.
Há
mais de três décadas foi aberto o Museu do Bonfim, para dividir com os fiéis
parte do acervo e da história do santuário da Sagrada Colina. Ele é único museu
de ex-votos a constar no anuário do Ministério da Cultura e está passando por
um processo de revitalização. Em um novo formato, vai reunir a Sala dos
Milagres, Ex-votos, arte sacra e paramentos litúrgicos. Além disso, a partir de
agora o visitante terá acesso à torre da igreja, o local mais alto da Península
de Itapagipe, com direito a uma visão de 360° de Salvador.
O
público terá acesso ao novo museu a partir da próxima sexta-feira (dia 16),
data da reinauguração. Mas A TARDE visitou em primeira mão o
novo espaço e conta aqui as novidades.
De
acordo com Francisco Pitanga, juiz da Devoção do Senhor do Bonfim, o objetivo é
que o museu tenha um caráter social. "Não basta cuidar da igreja e de seu
conjunto arquitetônico de maneira estática. Queremos que as pessoas tenham uma
vivência histórica dentro de uma casa que tem mais de dois séculos de
existência. A qualificação vai fazer do museu um orgulho da Bahia. Nossa sala
principal de visitação", afirma Pitanga.
Acervo
O
acervo do museu reúne mais de 200 anos de história através de artes: ex-votos;
esculturas; objetos em ferro, ouro, prata, bronze, madeira e parafina. Um dos
destaques são as pinturas produzidas entre os anos 1836 e 1837 por José Teófilo
de Jesus, que fez parte da primeira Escola Baiana de Pinturas. Também chama
atenção um órgão centenário de fabricação francesa doado à Igreja em 1854 por
Feliciana Maria de Britto Lopes Alves.
Todas
as obras estarão expostos em um trajeto construído pela museóloga e professora
da Ufba, Genilvada Coutinho, responsável pelo projeto de revitalização.
"Ano
passado fizemos uma primeira requalificação. Agora estamos adequando o espaço
realmente aos parâmetros de um museu, que não terá apenas a função de guardar e
preservar os objetos, como em seu início. Teremos um trajeto elaborado para que
os visitantes possam transitar e observar tranquilamente as obras", explica
a museóloga.
O
percurso começa na Sala dos Milagres e segue pelas salas das artes sacras e dos
paramentos litúrgicos. A sequência final reserva uma grande emoção. O visitante
ficará de frente com a imagem do Senhor do Bonfim.
A
última etapa é a visita à torre, que antes era vetada ao público. Mas a subida
exige fé e preparo físico. São 55 degraus que levam à bela vista da península
itapagipana. Para dar ânimo aos visitantes, durante o percurso serão oferecidas
leituras de fé. Mas a museóloga Genivalda Coutinho faz mistério sobre essa
última etapa.
Visitação
O museu funcionará de terça-feira a domingo, das 8h às 17h. A entrada custará R$ 5. Os visitantes serão acompanhados por estagiários do curso de Museologia.
(Luciano da Matta | Ag. A TARDE)
*Sob a supervisão da editora Márcia Moreira
Fonte: Jornal A TARDE
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